O Cintendinha.pt foi visitar as novas salas NOS do Oeiras Parque e falou com Pedro Mota Carmo, o responsável pela NOS Cinemas. A grande Lisboa tem finalmente cinema topo de gama com projeção a laser e som Dolby Atmos. Tudo muda a partir de agora para o espetador. Cinema é mesmo para se ver em sala…
É impressão minha ou estas salas são uma revolução para o espetador? Nunca se viu cinema com ecrãs assim nem com esta qualidade de projeção…
Sim, estes ecrãs aqui em Oeiras são grandes e o que temos aqui é uma qualidade de imagem absolutamente inovadora a nível mundial. A sala 1 é, por exemplo, uma das melhores salas do mundo na relação imagem e som. Estamos a falar de super topo de gama! Com este som Dolby Atmos qualquer espetador vai sentir-se imerso no filme. Temos aqui uma experiência cinematográfica que mexe com todos os sentidos. As cadeiras super confortáveis acabam também por vibrar com o som.
Podemos dizer que um filme projetado com um projetor a laser fica com uma imagem com maior nitidez?
A fonte de luz laser faz com que a imagem fique muito mais clara e o contraste seja perfeito entre o negro e o branco. A nitidez da imagem acaba por vibrar perante os nossos olhos. Ajuda a ficarmos com a sensação de que estamos dentro do filme.
No 3D o laser também se nota?
Ui! A diferença é um salto qualitativo muito grande. Diria que é uma nova etapa…
Estamos a falar de uma aposta grande, mas é também um grande investimento...
É um grande investimento nosso, sim. Mas está dentro daquilo que é o nosso “road map” para que as nossas salas estejam sempre na vanguarda da nova tecnologia.
Basicamente é tudo para contrariar aquela máxima de quem em casa, com um bom sistema de “home cinema”, já não se precisa de ir a uma sala…
Os formatos de cinema de primeira janela têm de ser vistos em sala. Qualquer consumidor de um produto audiovisual vai sentir claramente a diferença. Esta aposta nossa permite viver o conteúdo audiovisual de uma maneira absolutamente única. Nada é comparável a uma sala de cinema.
Não sentem que assim conquistam também uma nova geração? Os putos que começam a ver cinema assim talvez depois percebam que não é nos ecrãs de um computador ou de um telemóvel que se desfruta de uma experiência de cinema…
O nosso objetivo é aumentar a frequência. Queremos que as pessoas venham às salas e venham cada vez de forma mais regular. Obviamente que queremos muito ganhar novos públicos, em especial o público jovem, bem mais exigente.
É possível que o público de Lisboa queira vir aqui de propósito ao Oeiras Parque experimentar estas salas laser? Em Lisboa ainda não há salas com este tipo de projeção…
Creio que vai haver curiosidade. Vamos querer comunicar muito o sistema de projeção laser… Essencialmente, o que queremos é recuperar o público que tínhamos aqui em Oeiras, que era muito importante e fiel.
Curiosamente, as primeiras salas laser do país que vocês abriram foram em Loulé e em Évora.
E a recepção do público tem sido fantástica! Estamos com um “attendance” muitíssimo positivo, quer em Loulé quer em Évora, zona geográfica do país que não tinha cinemas…
Claro que o futuro é isto mas em breve vamos poder também ver cinema num ângulo diferente, eu sei. Talvez mais lateral?
Claro! Já existem várias experiências nesse sentido e a NOS está muito atenta a isso. Muito em breve teremos novidades nesse sentido, quanto mais não seja porque uma das nossas características é estar na vanguarda da inovação naquilo que é a experiência cinematográfica. Depois das salas IMAC, das 4DX, das Dolby Atmos, vamos entrar brevemente numa outra dimensão de sala.