Podemos aderir a um filme que vive de uma fórmula emocional? Com O Poder da Palavra podemos, mesmo se houver algum “guilty pleasure”. O filme de Yvan Attal não é a última coca-cola do deserto em matéria de comédias de consciência social do cinema francês mas é executado com uma competência desarmante e tem um argumento com diálogos inteligentes e um gancho melodramático bem aceitável.

A história anda a volta de um concurso de debate no ensino superior francês, onde uma aluna desfavorecida acaba por se aliar a um professor preconceituoso e surpreender a concorrência.

Em França, mais de um 1 milhão espetadores para um belo exemplo de cinema comercial com tema: neste caso a convivência entre a geração de novos franceses com a velha ideologia snob dos intelectuais “demodés”. Le Brio, para além de tudo o resto, comove sem darmos por isso.