Feliz exemplo de um imaginário de comédia dramática. A realizadora Liza Azuelos faz um “labour of love” sobre a química entre uma mãe e uma filha. Uma mãe galinha e uma filha que fica adulta.
Na atual miséria dos “filme de indústria” do cinema francês, Mon Bébé faz figura de exceção – é feito com alma, boa dose de neurose e torna-se fácil acreditar nesta ode à figura da mãe. Tudo isso iria ao ar se não houvesse uma incrível Sandrine Kiberlain como protagonista.
Tudo o que era algo precipitado em Dalida, parece corrigido e refreado. É como se Azuelos tivesse percebido que a força do seu cinema está precisamente em toda a sua intuição feminina, sabendo tirar partida das acelerações e desacelerações narrativas.
Não é preciso ser bruxo para perceber que vai ser esquecido neste mar de estreias da quadra. Enfim, um muito simpático retrato de família desta geração de “millenials”.