Será um dos primeiros filmes a marcar o “novo normal” dos cinemas. Um Olivier Assayas em modo exercício de género, neste caso o filme de espionagem. Baseado em acontecimentos verdadeiros que desencadearam na prisão de cinco agentes cubanos presos por atividades de espionagem durante os anos quentes de Castro.
Assayas filma tudo como em Carlos, o thriller esventrado na substância e com uma camada de melodrama seca. Nota-se que tem muitos meios e a sua escala permite uma recriação de Havana e Miami verdadeiramente estimulante. Dir-se-ia que é uma lição para Hollywood: suspense sem muito ruído e personagens extremamente ricos e humamos.
Se é ambicioso demais? Sim, mas com atores como Wagner Moura, Penélope Cruz ou Edgar Ramirez o cineasta francês percebe que não há que ter medo.
Se lerem que a Netflix vai dar, não acreditem, só em alguns países. Este merece mesmo grande ecrã e Portugal desta feita está com sorte…