GHOST, de Jerry Zucker (1990)

Uma história de amor clássica entre Sam (Patrick Swayze) e Molly (Demi Moore) onde o amor transcende, deste para o outro mundo. Está tudo relacionado com a forte performance de Oda Mae Brown (Whoopi Goldberg) que acrescenta uma quantidade de humor capaz de nos ajudar a “limpar” o caroço das nossas gargantas ou por outro lado, limpar as nossas lágrimas à medida que as cenas passam diretamente para o nosso coração.

Este é um filme que vai amolecer os corações mais duros, enquanto se assiste à luta entre o bem e o mal entre os dois mundos, com o amor a ser usado como a verdadeira arma. Devo mencionar que Tony Goldwyn interpretou na perfeição o papel do amigo perfeito que mais tarde se revela como um idiota assustador, e que muitos de nós identificamos com alguém que já se cruzou em algum momento nas nossas vidas. O filme é muito bem produzido e nunca se chega a sentir ou pensar que não poderia acontecer, talvez porque a banda sonora envolva todos os nossos sentidos e nos deixe abertos a possibilidades.

Quão boa é a Unchained Melody (Righteous Brothers) tocada a partir de uma jukebox enquanto os nossos dois amantes destroem a “loiça” e produzem uma das cenas de amor mais inesquecíveis do filme. O filme é tão bom que dei por mim a pensar em Patrick Swayze, que faleceu em 2009, vitima de cancro no pâncreas, aos 57 anos e se também ele ficou perto, como um anjo da guarda da sua mulher de há 34 anos. Patrick Swayze é um dos poucos atores que viveu a sua história de amor no cinema e, felizmente, também na sua vida real. Uma verdadeira bênção, que veio a tornar a sua morte muito mais triste para este mundo. Vi o filme com a minha família e foi maravilhoso vê-los chorar, rir e ficarem totalmente encantados com um filme que este ano completa 30 anos!!! Cuidado com os toques dos anos 80, especialmente o Ferrari Testarosa, um verdadeiro ícone à época, estacionado na cinzenta Nova York.
Tudo o que posso dizer é que vejas este filme outra vez, mas fá-lo com todos aqueles que amas e lembra-te que as “lendas nunca morrem”. Obrigado Patrick por me teres feito acreditar em Anjos da Guarda e que há mais para nós do que apenas este mundo, por isso vive uma boa vida.

Tim Vieira