Enquanto a FEVIP, a associação portuguesa da defesa de obras visuais, apela à abertura das salas apenas para julho, o Cinema Ideal abre já dia 1 e com uma programação de júbilo cinéfilo. A sala lisboeta já divulgou os primeiros filmes a serem exibidos e há estreias dignas de registo.
Além de continuar a exibição, entretanto interrompida pela pandemia, de Retrato da Rapariga em Chamas, de Celine Sciamma, o Ideal estreia simultaneamente Quem Escreverá a Nossa História, de Roberta Grossman e de Uma Vida Alemã, de Christian Krönes, Florian Weigensamer, Roland Schrotthofer e Olaf S.Muller, documentários que iriam estrear em maio devido às comemorações do fim da Segunda Guerra Mundial.
O luxo continua no resto do mês com a estreia de Benzinho, de Gustavo Pizzi, filme brasileiro que agradou no Festival de Sundance, bem como da passagem no grande ecrã dos filmes da coleção Cinema Bold que estrearam durante o Estado de Emergência em Home Cinema. Obras como Ema, de Pablo Larraín, Salve Santanás? , de Penny Lane, Monos, de Alejandro Lanes, Liberdade, de Kirill Mikhanovsky, Rainha de Copas, com essa superlativa Trine Dyrholm, e o objeto hilariante que é 100% Camurça, de Quentin Dupieux.
Não tão estimulante é Matthias e Maxime, de Xavier Dolan, desilusão de Cannes 2019 que chega ao Chiado já dia 18.
A avalanche de estreias estende-se até julho onde se anuncia o bem bom O Que Arde, de Olive Laxe e It Must Be Heaven, a comédia imperdível de Elia Suleiman.
A nível de cinema independente os lisboetas não se vão poder queixar, sobretudo porque o Nimas abre também em Junho e o muito esperado Martin Eden, de Pietro Marcello, está previsto.