Nos EUA há poucos cinemas a funcionar e os resultados de bilheteira são ridículos, dando a liderança a um filme de terror de refugo, The Relic, com Emily Mortimer. Enquanto isso, em Portugal, os cinemas não atraem praticamente ninguém e os resultados são miseráveis, com exceções pontuais para salas que programam cinema de autor. Não é por acaso que O Rececionista é o atual líder das salas, filme menor com Tye Sheridan e Ana de Armas, que, mesmo assim, não passa a marca dos 5000 espetadores. Contudo, é na Coreira do Sul que mora a luz ao fundo do túnel para esta indústria: o muito esperado Train to Busan-Península, de Yeon Sang-ho, a sequela de Train to Busan, já estreou e levou milhares aos cinemas com números fortíssimos. Foi preciso uma loucura com zombies para acordar os espetadores. Na sua estreia faturou logo mais 20 milhões de dólares em cinco territórios asiáticos.

Moral da História: Hollywood não nos dá filmes, a solução é acreditar na Coreia do Sul…Depois de Parasitas já não temos direito de ficar com a boca aberta de espanto tanto tempo.

Quanto ao cinema português entre nós, olhamos para o top do ICA e a miséria é para todos. Obras como Surdina e Faz-me Companhia têm números ridículos…Os portugueses não estão a ir às salas. De estranhar que o mercado não esteja a reagir com mais sessões de Drive-In ou cinema de esplanada…

Trailer Train to Busan-Península, de Yeon Sang-ho