O melhor desta semana vem de França, com Christophe Honoré, Agradar, Amar e Correr Depressa, crónica romântica de uma França dos anos 90 marcada pelo flagelo da SIDA. Um cineasta a filmar coisas trágicas com uma leveza que é a mesma de Em Paris, filme que na altura o atirou para o estrelato, embora nos últimos tempos tenha andado pelas ruas da amargura. Grande regresso num filme que saiu da última edição de Cannes de mãos abanar do palmarés  – merecia mais.

De Portugal chega Hotel Império, film noir de Ivo M. Ferreira, com Margarida Vila-Nova num imenso papel. Uma história sobre sobrevivência de identidade numa Macau a tentar sobreviver aos novos tempos. Tensão e suavidade lado a lado num belo trabalho de mise-en-scène.

Para esquecer é Guerra Sem Quartel, de Lior Geller, um série B sem escala e que apenas estreia em Portugal porque Joana Metrass tem uma pequena participação. Não há pachorra alguma para ver Jean-Claude Van Damme a fazer de herói vulnerável.

Razoável é o italiano Lúcia Cheia de Graça, de Giannni Zanazi, a história de uma mulher que tem visões de Nossa Senhora. Uma comédia dramática que nos fala desta Itália de trafulhas mas que é muito subtil no retrato de uma mulher.

Lamechas e sem cinema, Vida por Vida, de Frédéric Tellier é mais uma desilusão do chamado cinema comercial francês. Nem Pierre Niney salva a coisa.

A semana tem um outro desastre, The Beach Bum- A Vida numa Boa, de Harmony Korine, crónica de um escritor pedrado na Florida dos nossos dias. Matthew McConaughey cabotino numa comédia que só parece ter divertido quem entrou nela, o espetador fica de fora…

Deon Taylor assina O Intruso, thriller de terror que chega dos EUA sem qualquer recomendação.

A Fox estreia sem alaridos Um Ato de Fé, de Roxann Dawson, a história verídica de uma criança salva sem se perceber como de um acidente.

Por fim, Rob Letterman regressa com Pokémon- Detetive Pikachu. A seu tempo terá aqui espaço…