Greenland continua primeiro e Botelho e Mário Barroso com resultados animadores!

 

Continuam os resultados pobres nas bilheteiras em Portugal. O aumento dos casos da Covid-19 têm condicionado os espetadores, bem como o afastamento dos títulos dos grandes estúdios norte-americanos. Numa altura em que muitos cinemas cortam sessões, os cinemas com programação de cinema de autor continuam a ser os que melhor resistem, com destaque para o Nimas de Paulo Branco, muitas vezes com lotações esgotadas.

Em primeiro lugar no top está Greenland- O Último Refúgio, aposta da Cinemundo que fez mais de 47 mil espetadores, números muito bons para um filme-catástrofe sem grande estúdio. Será o efeito Gerard Butler? Será mais a ausência de filmes “blockbuster”…

Olhamos para o top e não deixam de serem significativos os quase 150 mil espetadores do acumulado para Tenet, de Chris Nolan. Tenet na Europa é um sucesso, sobretudo se atendermos o contexto…

Números muito estimáveis também para O Ano da Morte de Ricardo Reis, de João Botelho (9.745) e Ordem Moral, de Mário Barroso (9.912). Em circunstâncias normais, eram títulos que podiam fazer espetadores parecidos aos que conseguiram Os Maias ou A Herdade. São excelentes indicadores, mas Listen, de Ana Rocha de Sousa, que de todos é o que tem mais potencial, estreia agora quando a pandemia assusta mais.

De resto, boa aceitação em nichos para Um Animal Amarelo, de Felipe Bragança e Da Eternidade, de Roy Anderson. Os Mutantes, clássico de Teresa Villaverde, teve direito a sessão de celebração e fez uns promissores 130 pessoas. Tudo isto leva-nos a crer que ainda há gente sem medo de ir ao cinema. Quem andou pelo Curtas Vila do Conde (sabe-se que em Lisboa teve lotações esgotadas e em Vila do Conde a grande sala do antigo Neiva também esteve à cunha em algumas sessões) e pela Festa do Cinema Francês no São Jorge, percebeu que continua a haver um bom fluxo de fiéis.
Para a semana, vamos ver se a queda da venda dos bilhetes é violenta…