Notas de um arranque a meio gás
O filme de abertura deste festival suíço chamou-se Magari, obra de Ginevra Elkann sobre uma família disfuncional num inverno junto ao mar. Cinema de boas intenções com um “cast” de prestígio, onde se destacam Alba Rohrwacher e Ricardo Scarmaccio. Podia arriscar mais mas não deixa de ser um mergulho curioso no mundo da infância quando os adultos se portam como crianças.
Na competição, muitas dúvidas para o petardo feminista de Nadége Treball , Douze Mille, história de um homem que tenta encontrar o seu carácter quando é obrigado a trabalhar longe da sua amada. Se por um lado há uma linguagem narrativa fora dos moldes, os resultados morais parecem sempre excessivamente sublinhados.
Boa surpresa é La Fille ao Bracelet , de Stephane Demoustier, com Chiara Mastroianni e Anais Demounstier, filme-de-tribunal clássico que acompanha o julgamento de uma adolescente que terá assassinado brutalmente a sua melhor amiga. Frio e com laivos de Haneke, La Fille ao Bracelete fez calar a im Ginensa Piazza Grande. É sinal que envolve o espetador.