Zé Pedro Rock n’Roll, de Diogo Varela
Um dos acontecimentos da secção Heart Beat. O realizador de Alfama Em Si, ainda inédito, propõe um diálogo com a memória de Zé Pedro, fundador e mentor dos Xutos e Pontapés. O filme é desembaraçado e acutilante no seu amor pelo homem que todos gostavam. Poderá ter alguma formatação televisiva, mas é genuinamente sensível para com a figura de Zé Pedro.
Serpentário, de Carlos Conceição
Não é bem cinema do real, mas Serpentário passa fora de competição. A prova dos nove de Carlos Conceição, cineasta que já tinha deslumbrado em curtas-metragens. Cinema experimental capaz de nos atirar para uma África encantada depois de uma espécie de apocalipse. Conceição conquista-nos com um imaginário muito singular e capaz de repensar preconceitos de uma pós-colonização mal resolvida.
Technoboss, de João Nicolau
Depois da abertura a todos os níveis de John From, o cineasta João Nicolau continua a explorar caminhos de romantismo, neste caso através de um especialista em alarmes que numa viagem ao Algarve percebe que está apaixonado por uma rececionista de hotel. Filme de achados com uma fantasia que é tão lúdica como poética. Merecia fazer de Miguel Lobo Antunes uma estrela.
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