Tarde Para Morir Joven, de Dominga Sottomayor

Estamos no Chile profundo nos anos 1990. Passa na rádio o indiepop britânico do final dos 80 (Mazzy Star, por exemplo),  Pinochet já não manda e é tempo de uma família de campistas celebrar o fim-do-ano. É um Chile cuja sociedade está em mudança e crescimento, tal como Sofia, uma jovem adolescente que se descobre e sonha namorar um rapaz mais velho do seu grupo de amigos. O “coming of age” cruzado com o “coming of epoch”. É muito sobre o Chile mas todos vamos encontrar conivências íntimas sobre as recordações destas dores de crescimento.

Tarde para Morir Joven é o melhor filme desta realizadora chilena que tem currículo dourado nos melhores festivais internacionais. Balada de juventude que não é mais do que um pequeno guia de afetos da própria realizadora numa narrativa que nos põe perante um desfile de enigmas. Enigmas sobre um cão que desaparece e uma mãe que não aparece.

Proposta com aquele brilhozinho de ser tão descaradamente “à flor da pele”.