Para além do olhar feminino de Nadine Labaki em Cafarnaum, candidato ao Óscar de melhor filme em língua estrangeira, a semana é marcada pelo olhar norueguês de Hans Peter Molland em Hollywood com Cold Porsuit- Vingança Perfeita, cinema de ação no segmento de “revenge movie”. O filme é um veículo para Liam Neeson, ator cada vez mais em forma mesmo apesar da idade.

Quanto a A Favorita, do grego Yorgos Lanthimos, é uma variação menor daquilo que conseguiu em  filmes como Canino ou A Lagosta. O filme vale sobretudo pela indigesta (no bom sentido) mistura de  homenagem a Stanley Kubrick com pózinhos de Peter Greenaway. Por isso e pelo deslumbramento da arte de atrizes como Emma Stone, Olivia Collman e Rachel Weisz vale a pena.

Para a pequenada há ainda Mia e o Leão Branco, uma história de fascínio entre uma menina e um animal selvagem. Em França, esta obra de Gilles de Maistre teve uma campanha fulgurante. O público mais cinéfilo vai ficar curioso com a presença de Mélanie Laurent.

Sempre ousado e com uma sofisticação maior está Gaspard Noé, cineasta argentino radicado em França. Em Clímax conta-nos a história de uma companhia de dança numa festa com sexo, drogas e violência. Um filme que é si mesmo uma tese de como o cinema moderno pode ser campo de exploração sonora.

E foi você que pediu um filme de terror com tarimba de anonimato? Talvez não, mas aí está A Possessão de Hannag Grace , de Diederik van Rooijen.