Claro que vai dar polémica. Serão muitos os que vão amar os malabarismos da efervescência satírica do estilo de McKay, mas também não vão faltar as vozes que condenam o filme pela sua postura caricatural. Em causa, está o um olhar de denúncia sobre o mandato de George W. Bush e como o seu vice, Dick Cheney, pôs e dispôs de um poder como nunca ninguém tinha tido nos EUA.

Depois de A Queda de Nova Iorque, o realizador de Que se Lixem as Notícias volta a fazer cinema liberal para as massas. Vice é uma celebração do cinema “mainstream” com olhar político.

Trata-se de um dos filmes com mais embalo nos Óscares e tem um Christian Bale irreconhecível como Cheney, mas é Amy Adams, nas atrizes secundárias que poderá arrebatar o Óscar, embora a favorita seja agora a Regina King.

 

Vice, de Adam McKay