Minari- Lee Isaac Chung

 

(em breve nos cinemas)

 

Uma “americana” com um golpe de charme coreano. Ou seja, Lee Isaac Chung a filmar a odisseia da sua infância na parvónia do Arkansas. Uma ode às memórias familiares e ao espírito de resiliência dos emigrantes coreanos. O grande vencedor do Festival Sundance é um filme pueril sobre sonhos e pesadelos no grande Oeste, mas pode ser também um gentil conto de fantasmas contrabandeado de bedtime story da avózinha.

Minari é a denominação de uma erva coreana que serve para acudir várias maleitas. Uma planta que é plantada ao largo de um riacho na propriedade de uma família humilde coreana que tenta a sua sorte na agricultura no Arkansas. Lee Isaac Chung está a filmar um pedaço de sonho americano perdido mas tem sempre uma precisão onírica muito própria, sem efeitos e com uma limpidez admirável. Apetece dizer que é um filme pronto para as grandes emoções mas sempre com a dignidade correta de não ser um “tear-jerker”.

Talvez só não seja mais favorito na corrida para os Óscares pelo facto da vitória do coreano Parasitas estar ainda muito fresca…Mas este Minari é cinema americano, tal como A Despedida já o era também….