Para além de Creed II, filme da semana, todos os caminhos vão dar ao drama O Ben está de Volta, de Peter Hedges, história de toxicodependência com um travo de thriller. Julia Roberts é impecável num dos filmes que descobri em Toronto no TIFF.
A desilusão da semana é ‘O Amante Duplo’ com François Ozon a querer homenagear De Palma, o resultado parece pastiche.
Em Cannes, ‘O Mistério de Silver Lake’, de David Robert Mitchell, saiu de mãos a abanar. Creio que merecia um festival que ativasse melhor os prazeres de um certo cinema hipster americano.
‘Bergman – Um Ano, Uma Vida’, de Jane Magnunsson, é um documentário sobre Ingmar Bergam e o seu ano de glória, 1957. Tem uma matriz “televisiva” mas entretém muito.
Destinado a figurar nas listas dos melhores do ano, ‘Dogman’ , de Matteo Garrone, a história de um pobre-coitado do sul de Itália e a maneira como defronta a Itália do mal e do abuso. Filme de ternura contundente.
A semana é profícua em despejo de lixo de algumas distribuidoras, como ‘Irmãs a Meia’ , de Saphia Azzedine, comédia que só os franceses percebem ou ‘Os Futebolíssimos’ , de Miguel Angel Lamata, comédia espanhola destinada ao esquecimento.
Da América chega ainda o fracasso ‘Segundo Ato’ , com Jennifer Lopez e ‘Só eu Posso Imaginar’ , dos irmãos Erwin, mais um exemplo de um produto audiovisual com fins de entretenimento cristão. Obviamente, foi trucidado pela imprensa especializada americana…