Ontem a jovem crítica do cineuropa perguntava-me se eu tinha gostado do Hotel Império, uma das poucas estreias mundiais do festival. Disse-lhe que sim, que estava ao nível do que o Ivo M Ferreira tinha feito no cartas da Guerra, mas senti que ela não percebeu muito da ternura magoada que o filme tem por Macau. Mas de Pingyao vou guardar para sempre o riso das crianças quando me viam. Pediram me algumas vezes para tirar fotografias com elas. Qualquer ocidental nesta cidade património Unesco sente-se “rock Star “… mas também sinto que o crescimento louco imobiliário para além das muralhas vai estragar muito do seu charme.
A última vez que vi Pingyao pensei num plano de Los Silencios, de Beatriz Seigner, filme brasileiro que aqui vi. Há um menino colombiano a desaparecer do plano numa canoa numa terra de ninguém em plena Amazónia. Esse plano fez-me perceber que fui ninguém em terra de alguém.
Já agora, o filme da Beatriz tinha um potencial do caraças…