Cannes 2019 afinal vai ter mesmo o novo de Quentin Tarantino, Era Uma Vez…Em Hollywood, a sua visão de Hollywood e Los Angeles no final dos 1960. A direção do festival anunciou hoje o filme em competição, bem como a sequela de Mektoub- Meu Amor,  de Kechiche, Mektoub- Meu Amor- Intermezzo. São dois filmes de peso e de grandeza de duração (o de Tarantino são 2h45, enquanto que o de Kechiche chega às 4h).

O que isso quer dizer em termos de corrida à Palma de Ouro? Sem ver os filmes, pouco ou nada, mas um festival com estes dois pesos-pesados ganha uma outra dimensão. Quer se queira, quer não, são dois autores que concorrem sempre para a Palma (ambos já ganharam o festival). Tarantino está na dianteira, sobretudo depois de todo o “hype” que o filme tem tido. Ontem, um dos produtores, já veio dizer que o cerne do filme não é o caso Sharon Tate/ Charles Manson e publicações como a Indiewire põem-no como favorito para os Óscares de …2020, já para não falar que o diretor artístico do festival, Thierry Frémaux, já veio dizer mundos e fundos sobre o filme.

Ainda assim, no meu entender há mais três filmes que podem sonhar com o ouro na Croisette: A Hidden Place, de Terrence Malick, cineasta que do céu ao inferno está a precisar de uma redenção; Dolor Y Gloria, de Pedro Almodóvar, que segunda a imprensa espanhola é um retrato sobre criação artística sem defeitos e, claro, It Must Be Heaven, de Elia Suleiman, um tipo de filme que pode tocar forte no coração do Presidente do Júri, Alejando Iñarritu.